terça-feira, 27 de setembro de 2011

Os colhedores de amoras


Hoje foi um dia singular para uma pessoa que como eu sempre viveu em ambiente urbano.Trabalhando com os alunos do 1°B(Ensino Médio),percebi que estamos nos entendo lentamente,depois de um longo e tenebroso inverno de atritos,e confusões.Então resolvi levantar a bandeira branca,demostrando que do meu lado eu também anseio por paz.Na última aula eu liberei a turma para ficar na quadra jogando,conversando e aproveitando um momento de "relax".

Mas eis que alguém se lembra do pé de amora no quintal da escola(SIM ISSO AINDA EXISTE!).Então, as meninas nem um pouco interessadas em basquete,atacaram o pé de amora,pra minha felicidade ,já que descobri essa fruta recentemente e me apaixonei.

Resumo da ópera:todas,inclusive eu,com dedos e bocas tingidas de "um violeta amora"(não sei se fui feliz na definição)ma-ra-vi-lho-so,me surpreendendo mais uma vez, percebendo como num instante tudo muda ganhando até mesmo uma forma poética:uma turma tão indisciplinada transforma seu ritmo ,aceitam a paz e viram colhedores de amoras, nem que seja temporariamente.É um privilégio testemunhar essa trasmutação.

Obrigada Senhora dos frutos,que sempre me surpreende.A colheita de hoje ára mim é uma lição de amor,fico feliz de ser merecedora de tamanha benção!

domingo, 4 de setembro de 2011

Carpe Diem



Interessante dar aula de literatura.Estou enfiando Barroco pela "guela" abaixo da molecada,para amenizar a situação eu brinco um pouco lógico.Foi então que lembrei do filme SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS,e lembrei que a primeira vez que eu assisti eu também estava no 1° ano do ensino médio e ali foi despertada a minha sede de literatura,de ideias,de vida e expressão.

Não posso esperar nuca que o efeito seja o mesmo nos meus alunos,afinal o contexto é outro e a expectativa de cada um também.Mas foi bacana perceber que eles conseguem identificar a opressão da escola ainda nos dias de hoje,e que a liberdade deve ser conquistada e saboreada com muito bom humor.

Aprendemos juntos que Carpe Diem é uma coisa séria e percebemos que não estamos "colhendo nossos botões de rosas como deveríamos"